Professores usam a criatividade para tornar aulas mais interessantes
Site Conteúdos Educacionais oferece material para consulta e downloads
Como tornar as aulas atraentes e cativar a atenção dos alunos? Isso não
é tarefa fácil para os professores, ainda mais hoje em dia, com o
avanço das novas tecnologias. O cansaço e a falta de tempo, provocados
pela jornada árdua de trabalho, também podem afetar a criatividade do
docente. Mas, mesmo assim, tem gente que enfrenta os problemas e faz o
possível para deixar as aulas cada vez mais prazerosas – talvez esse
seja o segredo para ser amado pelos alunos. O professor de história
Andre Sena, que atualmente dá aula de Relações Internacionais na
Faculdade Estácio de Sá, já ouviu de vários estudantes que eles passaram
a gostar da disciplina depois que assistiram às suas aulas.
“A sala de aula é o meu lugar. Acho que nosso papel é de condução da
reflexão, e esse processo é humano e delicado. Gosto de mostrar para os
alunos que a história não está separada da vida deles, na verdade, eles
são os produtos mais recentes da história. Temos que envolver o
estudante, não para seduzir somente, mas para botá-lo dentro do século
19, por exemplo, como em uma máquina do tempo. Além de professor, sou
músico e cantei em um coral de madrigais do século 16. Quando dei aula
de história moderna, do século 14 ao 18, tive a ideia de levar o coro
para fazer um concerto didático na sala de aula. A reação dos alunos foi
maravilhosa. O mais interessante foi aliar a musicalidade com o
conhecimento aprendido nos livros”, conta o professor, que leciona desde
2002.
Quando dava aula de geografia no Colégio Estadual Victor Hugo, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, o professor Rogerio Seabra caprichava no desenho dos mapas para contextualizar as aulas para os jovens. “Meu objetivo era que os alunos, principalmente os de escolas públicas, enxergassem na escola uma oportunidade de inserção, pois acredito que a intelectualidade promove a liberdade. A geografia é uma matéria ligada à espacialização dos fenômenos. Nós pensamos juntos os mapas na sala de aula, o que é o resgate de uma tradição que está se perdendo. É importante que eles tenham noção que os acontecimentos têm uma dimensão espacial. Eu brinco dizendo que precisamos entender porque as coisas estão onde estão e não estão onde não estão”, conta Seabra, que pediu licença da escola no início do ano para se dedicar ao doutorado.
Quando dava aula de geografia no Colégio Estadual Victor Hugo, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, o professor Rogerio Seabra caprichava no desenho dos mapas para contextualizar as aulas para os jovens. “Meu objetivo era que os alunos, principalmente os de escolas públicas, enxergassem na escola uma oportunidade de inserção, pois acredito que a intelectualidade promove a liberdade. A geografia é uma matéria ligada à espacialização dos fenômenos. Nós pensamos juntos os mapas na sala de aula, o que é o resgate de uma tradição que está se perdendo. É importante que eles tenham noção que os acontecimentos têm uma dimensão espacial. Eu brinco dizendo que precisamos entender porque as coisas estão onde estão e não estão onde não estão”, conta Seabra, que pediu licença da escola no início do ano para se dedicar ao doutorado.
E aquelas matérias que são conhecidas pela antipatia que despertam nos
alunos? A professora Cinthya Ramos parece ter conseguido a fórmula para
fazer os alunos gostarem de química.
“Depois de 22 anos dando aula, temos que inventar alguma coisa diferente. Eu costumo me atualizar, fazer cursos de especialização, para ficar por dentro das novidades na minha área. Além disso, o que faz muito sucesso entre os alunos são as aulas de teatro. Em 2011 montamos uma peça usando como tema os modelos atômicos, inspirada no gancho do Ano Internacional da Química. Uma professora de teatro nos ajudou e os alunos ficaram responsáveis pela confecção do cenário e dos figurinos. Acho que é uma maneira de fixar o conhecimento de forma mais prazerosa. Fiz esse trabalho do teatro nos dois colégios em que trabalho, o estadual Vicente Januzzi, na Barra, e o particular Palas, no Recreio, e o resultado foi super positivo em ambos”, comemora Cinthya.
“Depois de 22 anos dando aula, temos que inventar alguma coisa diferente. Eu costumo me atualizar, fazer cursos de especialização, para ficar por dentro das novidades na minha área. Além disso, o que faz muito sucesso entre os alunos são as aulas de teatro. Em 2011 montamos uma peça usando como tema os modelos atômicos, inspirada no gancho do Ano Internacional da Química. Uma professora de teatro nos ajudou e os alunos ficaram responsáveis pela confecção do cenário e dos figurinos. Acho que é uma maneira de fixar o conhecimento de forma mais prazerosa. Fiz esse trabalho do teatro nos dois colégios em que trabalho, o estadual Vicente Januzzi, na Barra, e o particular Palas, no Recreio, e o resultado foi super positivo em ambos”, comemora Cinthya.
Alguns professores conseguem despertar o interesse do aluno para além
da sala de aula, tornando-se verdadeira inspiração para uma futura
carreira. Foi o que aconteceu com Felipe Fernandes, que decidiu ser
professor de biologia influenciado pelas aulas do mestre Paulo Cesar
Estrela.
“Ele me ajudou a descobrir a biologia. Paulo não usava muitos recursos, mas explicava muito bem, relacionando a matéria com situações cotidianas, o que acho muito importante. Ele acabou me indicando para as turmas nas quais dava aula, eu herdei os alunos dele, e segui a mesma linha de atuação. Não tem fórmula para dar aula, pois cada turma é diferente. Vamos nos adaptando e vendo o que funciona ou não”, explica o professor, que dá aula em quatro colégios.
“Ele me ajudou a descobrir a biologia. Paulo não usava muitos recursos, mas explicava muito bem, relacionando a matéria com situações cotidianas, o que acho muito importante. Ele acabou me indicando para as turmas nas quais dava aula, eu herdei os alunos dele, e segui a mesma linha de atuação. Não tem fórmula para dar aula, pois cada turma é diferente. Vamos nos adaptando e vendo o que funciona ou não”, explica o professor, que dá aula em quatro colégios.
Saber que foi um exemplo para Fernandes é motivo de orgulho para o
professor Paulo Estrela. “É muito gratificante descobrir que fizemos
diferença na vida de alguém. Faz todo nosso esforço valer a pena”,
ressalta.
Assim como o professor Felipe Fernandes, a professora Maria Luiza
Mesquita da Rocha, diretora adjunta de Licenciatura, Pesquisa e Extensão
do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), não acredita em fórmulas mágicas para dar uma boa aula.
"O professor tem que descobrir o que interessa ao aluno. É importante
saber relacionar o conteúdo ensinado com o universo de quem está na sala
de aula", explica.
Para Ana Monteiro, diretora da Faculdade de Educação da UFRJ, é preciso
criar uma relação de respeito e proximidade com os alunos. "As crianças
e jovens devem sentir que o professor está presente e disponível, mas
sempre de forma respeitosa - o docente não é mais um 'coleguinha'. É
fundamental também elaborar o discurso de forma que o aluno entenda.
Ouvimos sempre os alunos dizerem que gostam quando um professor explica
bem a matéria. Isso pode ser feito de várias formas, com exemplos,
analogias... Por que as pessoas gostavam tanto do ex-presidente Lula?
Porque ele fazia comparações que o povo entendia", ressalta.
A tecnologia como parceira da educação
Os professores interessados em material e dicas para incrementar a aula podem consultar o site Conteúdos Educacionais, desenvolvido pela Microsoft. Na área batizada de Educadores Inovadores, é possível fazer download de conteúdos interativos com temas variados, como Alfabetização Digital, Matemática e Objetos de Aprendizagem, entre outros. De acordo com Emílio Munaro, diretor de Educação da Microsoft Brasil, a ideia de criar o site surgiu quando a empresa percebeu que só oferecer cursos para os alunos não bastava.
A tecnologia como parceira da educação
Os professores interessados em material e dicas para incrementar a aula podem consultar o site Conteúdos Educacionais, desenvolvido pela Microsoft. Na área batizada de Educadores Inovadores, é possível fazer download de conteúdos interativos com temas variados, como Alfabetização Digital, Matemática e Objetos de Aprendizagem, entre outros. De acordo com Emílio Munaro, diretor de Educação da Microsoft Brasil, a ideia de criar o site surgiu quando a empresa percebeu que só oferecer cursos para os alunos não bastava.
“Fiz uma visita a uma escola de São Paulo e percebi que os alunos
estavam muito à vontade usando as ferramentas digitais, mas os
professores só sabiam mexer no básico, sem aproveitar a oportunidade de
relacionar a tecnologia com a educação de forma mais ampla. O foco do
site é a educação básica (Ensino Fundamental e Médio) e a página é
aberta, basta que os professores se cadastrem por meio de um e-mail.
Desde 2003 temos o Prêmio Educadores Inovadores, no qual premiamos os
melhores projetos que contemplem o uso da tecnologia na sala de aula. Os
vencedores ganham laptops, cursos de inglês, entre outros brindes.
Acabamos de lançar um novo site de ambiente de colaboração para os
educadores, agora a nível mundial, o Microsoft Partners in Learning
(disponível também em português) por meio do qual os professores podem
trocar experiências e idéias. Essas iniciativas acontecem porque
acreditamos que a tecnologia pode ser uma ferramenta transformadora na
vida das pessoas”, completa o diretor.
Conheça mais detalhes dos sites Conteúdos Educacionais e Partners in Learning acessando os links: http://www.conteudoseducacionais.com.br/ e http://www.pil-network.com/#
Globo Cidadania - 21/04/2012 05h58
- Atualizado em
29/05/2012 14h44
Fonte: http://redeglobo.globo.com/globoeducacao/noticia/2012/04/professores-usam-criatividade-para-tornar-aulas-mais-interessantes.html
Acesso: 27/07/12
Fonte: http://redeglobo.globo.com/globoeducacao/noticia/2012/04/professores-usam-criatividade-para-tornar-aulas-mais-interessantes.html
Acesso: 27/07/12
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