Curso terá coordenação da UFRJ e participação de várias universidades
pelo país com o objetivo de beneficiar o professor do ensino fundamental e
médio.
A Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão ligado ao
Ministério da Educação, aprovou no mês passado o Profqui, um programa de
mestrado profissional em Química, para professores do ensino fundamental e
médio. A ação segue os moldes do bem-sucedido Profmat, aprovado em 2010 e
iniciado em 2011, e que hoje beneficia professores em todos os estados do
Brasil.
O projeto e o programa
foram discutidos intensamente pela comunidade Química, com o envolvimento
direto de profissionais de diversas áreas que ao longo de vários meses
contribuíram efetivamente para o enriquecimento e consolidação do modelo final,
que foi recentemente aprovado pela CAPES. É importante salientar o papel da SBQ
na condução democrática deste complexo processo, fundamental para o êxito de
sua aprovação. A SBQ não coordenará o Profqui, por não ser uma instituição de
ensino superior, o que é requerido de acordo com as normas regimentais, mas
participará ativamente do conselho gestor com 3 representantes. A coordenação
ficará a cargo do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), que foi escolhida entre as instituições que se candidataram.
"A ideia é beneficiar
professores que estão dando aula, sem que precisem parar de lecionar",
afirma Claudia Rezende, professora do Instituto de Química da UFRJ, que
participou do grupo que vem elaborando o Profqui junto à Capes. "Esperamos
trilhar o caminho de sucesso do mestrado profissional em Matemática, que hoje
conta com cerca de 80 instituições de ensino participantes", explica a
professora.
O Profqui é um mestrado em
rede. Isso significa que haverá uma ementa única e uma instituição
coordenadora, e a rede de instituições participantes seguirá essas diretrizes.
Como qualquer mestrado, terá duração de dois anos em que os alunos cursarão as
disciplinas e produzirão uma monografia a ser defendida ao final. E, ao
contrário dos mestrados acadêmicos, os alunos não devem parar de trabalhar
durante este período.
"Em última análise, o
Profqui vai beneficiar toda a rede de ensino, porque o professor se qualifica
com um olhar de sala de aula, e pode aplicar imediatamente o conteúdo no seu
dia-a-dia", observa Claudia Rezende, que destacou o trabalho dos
professores envolvidos na elaboração do curso.
Para o professor Vitor
Francisco Ferreira (UFF), ex-presidente da SBQ e membro do Conselho Consultivo
da entidade, a aprovação do Profqui é um passo importante no aprimoramento do
ensino desta ciência no Brasil. "Houve muita conversa internamente para formar
a rede de universidades participantes e escolher a universidade coordenadora.
Já temos 20 instituições que aderiram, e esse número deverá crescer ao longo do
tempo", conta Vitor Ferreira.
A Capes ainda informará
quantas bolsas serão concedidas para participantes – a intenção é beneficiar
principalmente professores do ensino público.
O professor Waldmir Araujo
Neto, representante do núcleo de Educação à Distância, da UFRJ, explica que o
Profqui utilizará também ferramentas tecnológicas em suas ações curriculares.
Além da plataforma Moodle, teremos o recurso da produção de vídeos com autoria.
Os professores do curso em cada universidade participante poderão produzir seus
vídeos de forma a adaptar o conteúdo do Profqui às diferentes realidades locais,
e essas modalidades poderão ser compartilhadas pela rede", explica Araújo.
"O Profqui é arrojado, e temos uma expectativa muito grande neste cenário
de como cada instituição participante entende que o ensino de Química pode ser
trabalhado."
Conheça o Profmat,
referência de mestrado profissional para professores no Brasil: http://www.profmat-sbm.org.br/
Texto: Mario Henrique Viana (Assessoria de Imprensa da SBQ)
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