sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O ensino de ciências e a qualidade da educação

"Muito se fala sobre a necessidade de melhorar a qualidade da educação básica no Brasil e são várias as estratégias defendidas com esta finalidade: aprimorar a formação dos docentes, aumentar o tempo de permanência na escola, melhorar a infra-estrutura e equipar os estabelecimentos de ensino. Todas são válidas e, certamente, se colocadas em prática colaboram para melhorar a educação. Contudo, existe uma alternativa de grande impacto que é pouco lembrada: a incorporação do ensino de ciências ao currículo desde os primeiros anos do ensino fundamental."
                                                                                                                                  Jorge Werthein                   Assessor especial do director-geral da Organização dos Estados Ibero-americanos – OEI.


        No Brasil, o ensino de ciências tem pouca ênfase dentro da educação básica, apesar da forte presença da tecnologia na vida das pessoas e do lugar central que a inovação tecnológica detém enquanto elemento de competitividade entre as empresas e as nações. Evidência da falta de atenção dispensada à formação na área de ciências neste país é o enorme deficit de docentes de física, química, matemática e biológica, calculado em 200 mil segundo o próprio Ministério da Educação.
Enquanto isso, em diversas partes do mundo, inclusive da América Latina, tem-se experimentado o impacto positivo do ensino de ciências sobre a qualidade da educação. Argentina, Uruguai, Chile, Costa Rica, Cuba detêm os melhores indicadores educacionais da região e são exemplos de países que perceberam que o ensino das ciências pode ser muito importante e produtivo.
       O impacto do ensino de ciências sobre a qualidade da educação se deve ao fato de que ele envolve um exercício extremamente importante de raciocínio, que desperta na criança seu espírito criativo, seu interesse, melhorando a aprendizagem de todas as disciplinas. Por isso, se a criança se familiariza com as ciências desde cedo, mais chances ela tem de se desenvolver neste campo e em outros.

Bom ensino atrai talentos
        Somente esse motivo já justificaria uma maior atenção ao ensino de ciências por parte dos formuladores de políticas públicas na área da educação, mas existem outros. Uma segunda razão é que apenas com bom ensino de ciências para todas as crianças é possível atrair talentos para as carreiras científicas.
       A terceira, e última lembrada no âmbito deste artigo, é o fato de que o conhecimento científico e as novas tecnologias são fundamentais para que a população possa se posicionar frente a processos e inovações sobre os quais precisa ter uma opinião a fim de legitimá-los. É o caso do uso de alimentos geneticamente modificados, da clonagem biológica e o uso da energia nuclear. Nesse sentido, o domínio do conhecimento científico faz parte do exercício da cidadania no contexto da democracia.
       Costuma-se dizer que, no mundo contemporâneo, o capital mais importante de um país é o conhecimento. O conhecimento, contudo, depende da formação de pessoas capazes de produzi-lo. E num país com as características do Brasil, com um numeroso contingente de crianças e jovens em idade escolar, não é exagerado dizer que este é o bem mais valioso que se tem à disposição, o qual pode se converter em vantagem competitiva se esse potencial for bem aproveitado por meio de uma educação de qualidade.

Falta de capacitação de docentes
       Mas justamente por se almejar uma educação de qualidade é preciso atentar para um aspecto fundamental: o ensino para as ciências não consiste apenas em inserir disciplinas no currículo. Vide o que acontece no ensino médio, em que a educação para as ciências, sobretudo na rede pública, é extremamente deficiente devido, entre outras coisas, à falta de capacitação dos docentes.
      Assim, a inclusão das ciências desde o ensino fundamental deve ser associada, necessariamente, a uma política de formação de docentes, de modo que eles se sintam seguros e possam propiciar aos alunos aprendizagens significativas.
      Não existe nenhum fantasma no ensino de ciência, é apenas preciso transmitir conhecimentos que são até elementares e que gerem interesse das crianças pela experimentação. Os alunos se entusiasmam, querem praticar e começa a existir trabalho em equipa. No Brasil, isso acontece em escolas da rede privada, mas não é possível manter uma situação em que esse tipo de formação e conhecimento se mantenha restrito a um pequeno número de crianças e jovens, sob pena de se continuar a gerar e a reproduzir as desigualdades.

Fonte: Revista Ciência Hoje
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=3985&op=all
Acesso: 31/08/12


Fórum Mundial de Ciência 2013

Brasil terá outros 6 encontros preparatórios para o Fórum Mundial de Ciência 2013 no Rio

Os outros seis encontros preparatórios previstos para o Fórum Mundial de CIência 2013 serão realizados nas capitais Belo Horizonte, Salvador, Recife, Manaus, Porto Alegre e Brasília até o primeiro trimestre de 2013. Em cada um deles serão discutidos temas relacionados aos principais desafios da ciência neste século.

Ao final desse debate nacional sobre o papel da ciência no desenvolvimento global, os organizadores pretendem consolidar as proposições e principais conclusões em um documento que será divulgado antes da realização da reunião internacional do Rio, aponta a secretária executiva da SBPC, Eunice Personini.

"A preparação, a programação temática e a coordenação da reunião estão a cargo de Comissão Executiva Nacional, composta por membros de 13 instituições do Sistema Nacional de CT&I. O Fórum Mundial de Ciência é o momento mais indicado para consolidarmos nossas políticas de base para a educação e à inovação", disse.

Entre as instituições que compõem a comissão estão o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério das Relações Exteriores, Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e do Escritório da Unesco no Brasil, entre outras.

Encontro Mundial
O Fórum Mundial de Ciência 2013 é organizado pela Academia de Ciências da Hungria em parceria com a UNESCO, o International Council for Science (ICSU), a Academy of Sciences for the Developing World (TWAS), a European Academies Science Advisory Council (EASAC), a AAAS e a Academia Brasileira de Ciências (ABC). O Fórum tem a missão de promover o debate entre comunidade científica e sociedade.

Desde sua primeira reunião, em 2003, o evento é realizado a cada dois anos em Budapeste, Hungria. A indicação do Rio de Janeiro como cidade sede da edição 2013 se deve a um movimento do Governo brasileiro de iniciar, em 2009, uma série de discussões entre representantes de instituições científicas e tecnológicas do Brasil e governos da América Latina e Caribe para elaboração de uma estratégia regional para a Ciência, Tecnologia e Inovação.


Fonte: SBPC

http://boletim.sbq.org.br/noticias/n505.php
Acesso: 31/08/12

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

As matérias do ensino médio devem ser reorganizadas em núcleos?

A edição de sábado (25) da Folha de São Paulo trouxe duas opiniões opostas sobre as propostas de reforma do currículo do ensino médio. Confira.
 
Não.
Precisamos de mais ciência, não de menos

Celso Pinto de Melo é doutor em física pela Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, professor da Universidade Federal de Pernambuco e presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF).
 
            Os resultados recém-anunciados do IDEB trazem à atenção dos brasileiros a trágica realidade de nossas escolas nos níveis fundamental e médio. Os números ali refletidos ferem a nossa autoestima e, por alguns dias, a educação vira alvo de atenção nacional. Debate-se, critica-se, surgem ideias milagrosas e, logo, o tema volta ao esquecimento, para ressurgir com sazonalidade esperada quando do anúncio de novos indicadores.

            Porém, mais que seu valor absoluto, o que importa nos números é o que eles nos querem dizer, e o que com eles queremos fazer. Quando os espelhos nos dão conselhos, podemos trocá-los por outros mais generosos. Ou podemos enfrentar a dor de sermos o que somos e, a partir daí, melhorarmos.

            Há de se reconhecer que a tragédia da educação não corresponde a um acidente de percurso, sendo antes "obra de séculos" de descaso. A escola pública de excelência dos anos 1940 e 1950 era limitada a uma fatia privilegiada de nossa população. A grande novidade da educação brasileira no século 21 é democratização do acesso.

            Só recentemente conseguimos a universalização do ensino fundamental, e progressos também estão sendo alcançados com relação ao médio. A imagem estática do espelho não pode refletir a dinâmica de um processo em evolução.

            Não que isso deva nos acomodar. Somos hoje a quinta maior economia do mundo, mas, quando comparados internacionalmente a outros jovens de 15 anos, nossos adolescentes ocupam os últimos lugares em compreensão da linguagem e conhecimentos em matemática e ciências. Isso nos diz muito a respeito do tipo de preparação que estamos lhes dando para sua futura inserção no mercado de trabalho.

            É por essa razão que a Sociedade Brasileira de Física (SBF) vê com profunda preocupação a proposta de substituição de disciplinas específicas de física, química e biologia por algo a ser chamado de "ciências da natureza".

            Mesmo se relevarmos as questões sobre como formar professores em número suficiente e com a qualidade necessária para ministrar essa nova "disciplina", entendemos ser frágil e equivocada a justificativa de que isso levaria a melhores índices do IDEB. O Brasil mais justo, soberano e economicamente competitivo que todos nós imaginamos precisará de mais, e não de menos, ciência.

            É urgente uma reforma no currículo do ensino fundamental e médio para que as ciências se tornem mais adequadas à realidade dos jovens de hoje. Todos eles devem ter o direito de experimentar a excitação da descoberta de como a natureza funciona e de entender suas leis mais gerais. O cidadão funcional deste século precisará saber integrar o conhecimento de várias áreas para poder tomar decisões em assuntos como saúde e segurança ambiental, consumo responsável, usos da biotecnologia etc.

            Para aqueles que decidirem seguir carreiras nas áreas de ciência e tecnologia, o que temos de fazer é reforçar o conteúdo mais moderno nas disciplinas correspondentes e estimulá-los a aprender fazendo. A competitividade da economia brasileira vai depender de nossa habilidade de formar quadros técnicos capazes não apenas de fazer, mas também de continuar a aprender em sua vida profissional.

            Os indicadores do IDEB nos causam dor. Podemos negar a imagem por eles refletida ou, com coragem, enfrentar o problema. A SBF se coloca à disposição para discutir a questão e colaborar com a construção de uma nação moderna.

 

Sim.
Evitar a dispersão é uma das mudanças

Mozart Neves Ramos é doutor em química pela Unicamp, professor da Universidade Federal de Pernambuco e membro do Conselho Nacional de Educação e do conselho de governança do Todos Pela Educação.

             Os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), apresentados na última semana pelo Ministério da Educação (MEC), mostraram definitivamente que não há mais tempo a perder em relação ao atual Ensino Médio.

            Uma reforma estrutural urgente precisa ser feita, pois o País está há dez anos simplesmente estagnado nessa etapa, e o pior, num patamar de aprendizagem escolar muito baixo. O propalado ensino médio inovador, lançado há alguns anos pelo próprio MEC, disperso e sem foco, não mostrou a que veio.

            O MEC, numa primeira reação, aponta como saída a reorganização das disciplinas por áreas de conhecimento - um caminho que julgo correto -, evitando assim a grande fragmentação e dispersão dos atuais conteúdos transmitidos no ensino médio.

Hoje, o jovem termina essa fase escolar sabendo um pouco de cada matéria, sem um direcionamento para a área em que possa ter mais interesse, que faça mais sentido para sua vida. Entender as relações que existem entre as diversas disciplinas é imprescindível para que o jovem, que nessa fase já tem tantos outros interesses alheios ao estudo, veja sentido no que aprende na escola para sua vida, para seu futuro.

            Mas isso não é suficiente para o tamanho do problema dessa etapa. A formação do professor é um ponto imprescindível para colocar em prática um modelo de interdisciplinaridade, sempre com foco na prática de sala de aula. Sem mudar essa formação, nenhum modelo de ensino médio terá êxito. A criação de uma residência docente, por exemplo, seria muito bem-vinda.

            Precisamos trabalhar fortemente pela ampliação da oferta de escolas de tempo integral, como os pró-centros iniciados em 2005 em Pernambuco, cujos professores são alocados em uma única escola, com tempo para planejar as aulas com os colegas da mesma área de conhecimento, colocando em prática essa interdisciplinaridade. Na escola de tempo integral cabe a eventual oferta de educação profissional e tecnológica, integrada ao ensino regular.

É preciso reconhecer também que o problema do ensino médio tem começado já nas séries finais do ensino fundamental, tornando urgente estabelecer uma base curricular comum para as escolas estaduais e municipais, já que ambas oferecem essa etapa da educação básica.

            Seria interessante integrar melhor o 9° ano do ensino fundamental e o 1° ano do ensino médio, a fim de criar uma base comum preparatória para a formação do jovem, enquanto os dois últimos anos seriam dedicados à formação mais específica, de acordo com os interesses de cada jovem.

            A plena incorporação das novas tecnologias e culturas nesse processo também é essencial para esses jovens do século 21. O Brasil tem hoje uma escola do século 19 e um professor do século 20 para um aluno do século 21!

            E, por fim, para que todos esses pontos avancem, são necessários mais recursos, melhor gestão e vontade política; é preciso estabelecer com os Estados um pacto nacional pela escola dos jovens, aproveitando algumas (poucas é verdade, caso contrário o país não estaria nessa situação) boas experiências em curso.

            É preciso olhar não só a ponta do iceberg, mas todo ele, para que, enfrentando devidamente os problemas do ensino médio, o Brasil não repita na próxima década os baixos resultados apresentados nos últimos anos para essa etapa.

domingo, 26 de agosto de 2012

A Química Pode Ser Vocação: Basta Melhorá-la no Ensino Médio


            Como fazer da Química uma disciplina que atraia os estudantes e possa tornar-se uma das vocações dos jovens? A procura pela profissão vem caindo em todo o mundo, não é um fenômeno que está restrito ao Brasil. Mas, aqui a situação é cada vez mais crítica, e todos os anos aumenta a evasão de estudantes dos Cursos de Química. Por outro lado, os programas de pós-graduação de Química tiveram um crescimento sem precedentes nos últimos 15 anos. Mas essa expansão começa a ficar comprometida devido ao despreparo dos alunos que estão chegando à pós-graduação, e só não está pior porque como a Química é interdisciplinar, os programas de pós-graduação atraem estudantes de outros cursos. Melhorar a preparação dos estudantes e diminuir a evasão de estudantes dos Cursos de Química é o grande desafio, e essa equação é de difícil solução. A raiz do problema está no Ensino Médio, porque o programa de Química além de mal ensinado se limita a memorização de fórmulas e conceitos muito complexos para adolescentes, e a escolas sem laboratórios químicos. Do mesmo modo que é impossível aprender a nadar longe da água, é muito difícil estimular os jovens para o aprendizado de equações químicas sem dar a eles a oportunidade de praticarem experimentos simples no laboratório.

            O lançamento do edital n.º 31/2012 “Apoio à Melhoria do Ensino em Escolas da Rede Pública Sediadas no Estado do Rio de Janeiro” lançado pela FAPERJ e o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da CAPES são excelentes iniciativas para melhorar o nível do ensino médio brasileiro. Mas, é importante que os educadores da área de Química façam desses instrumentos uma alavanca para elevar a qualidade da química no Ensino Médio. Se nada for feito nos próximos anos, os Cursos de Química nas universidades vão continuar recebendo estudantes mal preparados e acima de tudo desmotivados, aumentando ainda mais os índices de evasão, e notícias como a do estudante paulista Daniel Ariona de Andrade Hara que conquistou a medalha de prata na 44ª na Olimpíada Internacional de Química (IChO-2012), em Washington nos EUA, serão cada vez mais raras.

            Enquanto a disciplina de Química for negligenciada no Ensino Médio, as escolas não funcionarem em tempo integral e o salário dos professores não corresponderem a sua importância na sociedade, os jornais estamparão diariamente manchetes do tipo “Déficit do setor químico na balança de pagamentos compromete o desenvolvimento brasileiro”.

            A Química por ser uma disciplina fundamentalmente experimental não pode resumir-se a memorização de fórmulas e as Tabelas Periódicas das paredes das escolas de Ensino Médio.

 
Editorial da Revista Virtual de Química, Vol. 4, n.4, p. 347, 2012.

Prof. Dr. Ângelo Cunha Pinto, professor titular do Instituto de Química da UFRJ.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Conectando Ciência com Educação

Desde a sua criação, a Sociedade Brasileira de Química, SBQ, vem fortalecendo e ampliando a sua linha editorial, compromisso de todos os químicos brasileiros, dos seniores aos jovens. O lema que define esta linha editorial, "Pensar como Cientista e Atuar como Professor!", aponta para a produção de ciência e formação de profissionais de melhor qualidade, sendo Ciência e Educação os focos permanentes da atuação da SBQ. Em 2009, a Diretoria e o Conselho decidiram ampliar a linha editorial da SBQ. Nesse sentido, Química Nova Interativa, QNint, chega para reforçar o lema da linha editorial e para servir de instrumento de conexão entre Ciência e Educação.
Estamos na era do conhecimento. A informação está amplamente disponível, proveniente das mais variadas fontes e de origem confiável e enganosa. O maior desafio atual dos professores e estudantes não é obter a informação, mas, sim, identificar a confiável, classificá-la e interpretá-la. Nesta nova era, o manejo adequado da informação no processo educativo só será atingido pela integração da ciência, como forma de pensar, com o ensino. Esta conexão precisa ser feita em todos os níveis do processo, pois só assim será possível atingir uma nova era em que a intensificação da criatividade predomine.
Neste jovem século, atingimos a convergência científica e tecnológica onde o foco é o tema e não a disciplina. Isto não significa o fim da disciplina; significa, sim, que as disciplinas precisam ser repensadas e reapresentadas com foco em temas atuais e amplos o suficiente para permitir conexões intra e interdisciplinares. Se nas décadas de 1980 e 1990 foi extremamente importante a criação (e inoculação nos currículos) das disciplinas Química Ambiental e Química Verde, hoje o desafio é inocular o Comportamento Verde - muito mais amplo que uma disciplina - de forma transversal durante toda a formação do estudante, bem como na sua atuação profissional.
A sustentabilidade deve representar a busca permanente pelo bem-estar humano, a satisfação das suas necessidades econômicas e sociais, sem o comprometimento do progresso, do ambiente e do sucesso das futuras gerações. Nesse novo cenário, a segurança ambiental, segurança energética e segurança alimentar são temas atuais e amplos o suficiente para permitir a conexão entre ciência e educação, com abordagem intra, inter e multidisciplinares.
Os livros e grande parte do material bibliográfico disponível não suportam adequadamente a conexão e a abordagem apresentadas neste texto. Nesse sentido, a SBQ, apresenta aos sócios e à sociedade em geral o seu novo projeto: Química Nova Interativa, QNInt1. Uma flecha que mira o futuro. Uma concepção que pretende ser "uma metamorfose ambulante"! QNInt é o Portal do Conhecimento da SBQ, cujo objetivo é prover instrumentação confiável para a formação em Química, a ser utilizada por estudantes e professores em todos os níveis de formação, primando pela interatividade e pela atualização das informações.
É a conexão entre Ciência e Educação em Química acessívelmente disponibilizada!

Fonte: http://qnint.sbq.org.br/qni/cadastro.php
Acesso: 23/08/12

Carta enviada pela SBPC, com apoio da SBQ, ao presidente da Câmara e aos Deputados Federais, sobre o PNE


A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) manifesta-se sobre a proposta do Plano Nacional de Educação (PNE – PL 8035/10) aprovada por uma comissão especial no último dia 26 de junho, no qual o Governo se compromete a investir no setor pelo menos 7% do PIB do País nos primeiros cinco anos de vigência do Plano e 10% ao final de dez anos.

Com mais de 190 milhões de habitantes, o Brasil tem ainda 6% de analfabetos e 21% de analfabetos funcionais, ou seja, um terço da população brasileira não consegue utilizar o conhecimento da língua para se inserir nas práticas sociais de uso da leitura e da escrita. O país não está conseguindo avançar no nível pleno de alfabetismo. Só 26% da população adulta é capaz de ler, entender e interpretar textos longos e também de resolver problemas matemáticos mais elaborados.

Para um país que é a sexta economia do mundo e que pretende entrar no rol de países desenvolvidos, o nosso desafio ainda é enorme no que se refere à educação. Para enfrentar este desafio, é fundamental aumentar o montante de recursos por meio de uma política de financiamento.

É o que se espera com o novo Plano Nacional de Educação para o decênio 2011-2020, cuja proposta o Governo Federal encaminhou ao Congresso Nacional em dezembro de 2010. Tramita, desde então, na Câmara dos Deputados como o Projeto de Lei nº 8035/ 2010 de forma conclusiva nas comissões.

Em 22 de março de 2011, a Presidência desta Casa decidiu criar uma Comissão Especial, para apreciar o PNE, que também foi amplamente analisado e debatido com a sociedade civil e especialistas. Mais de um ano depois de tramitar na Câmara, no dia 13 de junho de 2012, a Comissão Especial aprovou o texto base do Plano Nacional de Educação. Em 26 de junho aprovou os destaques. Uma grande vitória foi conquistada.

No entanto, ainda inebriada pela vitória, a sociedade brasileira recebe a notícia que ao invés de o PNE ir direto para o Senado, há um recurso (REC 162/2012) do deputado Arlindo Chinaglia, líder do PT, para que o Plenário da Câmara aprecie o Plano antes de ir para o Senado. A justificativa do recurso é que a matéria não foi discutida suficientemente. O recurso precisa, no entanto, ser acatado pelo Plenário desta Casa.

Senhores Deputados, podemos afirmar que houve discussão suficiente no âmbito da Comissão Especial e que houve sim a preocupação de se identificar a fonte do recurso que permitirá se investir 10% do PIB na educação.

Acreditando nisto, a SBPC solicita aos senhores que não acatem tal recurso e que encaminhem o PNE direto ao Senado Federal. Levar o projeto ao Plenário pode gerar modificações graves no PNE, além de atrasar ainda mais a tramitação da matéria, retardando o direito à educação de milhões de familiares, estudantes e professores brasileiros. Na certeza de que nosso pleito será atendido, subscrevemo-nos.

Atenciosamente.

Helena B. Nader
Presidente da SBPC 

Fonte:  http://boletim.sbq.org.br/noticias/n492.php
Acesso :   23/08/12

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Atividades Realizadas na Escola Elza Goersch

Transformações Químicas versus Transformações Físicas
 
Atividades planejadas e realizadas pelos Pibidianos: Edina do Nascimento, Carla Patrícia e Nayana Medeiros sob a supervisão do Prof. Givaldo dos Santos.
 
Observações realizadas pelos estudantes do 1os. anos do Ensino Médio da Escola Elza Goersch, Forquilha - CE.




 








terça-feira, 21 de agosto de 2012

Prova nacional para seleção de professores terá primeira edição em 2013, diz Mercadante

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta terça-feira (21) que a primeira edição da Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente será em 2013, provavelmente em setembro. A intenção do governo é aplicar uma prova única para selecionar professores para as redes de ensino de todo o país.
A partir dos resultados, os municípios e estados que aderirem ao exame poderão selecionar os profissionais a partir do banco de classificados que será criado com os resultados, sem a necessidade de organizar seus próprios concursos.
A ideia surgiu ainda em 2010. A primeira edição será voltada à seleção de professores para atuar nos primeiros anos do ensino fundamental. De acordo com o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Luiz Cláudio Costa, o pré-teste do exame já foi feito e o banco de itens que comporão a prova está pronto.
“Uma governadora de um estado do Nordeste me disse que fez um concurso para selecionar 3,5 mil professores, mas, em algumas disciplinas, como física e matemática, nenhum foi selecionado. Nós vamos tentar ajudar esse quadro em rede nacional, com a prova de ingresso na carreira”, disse o ministro.
O Ministério da Educação estima que os resultados serão aproveitados principalmente por municípios menores, que têm dificuldades técnicas e financeiras de realizar concursos públicos.
A matriz dos conteúdos que serão cobrados na avaliação foi publicada em março de 2011. De acordo com o documento, a prova vai avaliar o profissional a partir de três dimensões: profissão docente e cidadania, trabalho pedagógico e domínio dos conteúdos curriculares. Serão exigidos conhecimentos em temas como políticas educacionais, gestão do trabalho pedagógico, além do domínio dos conteúdos como língua portuguesa, matemática, história e artes.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/noticias/2012/08/21/prova-nacional-para-selecao-de-professores-tera-primeira-edicao-em-2013-diz-mercadante.htm
Acesso: 21/08/12

domingo, 12 de agosto de 2012

As transformações químicas dos alimentos

Ao observar o estado inicial e final das alterações que ocorrem com algumas comidas, a turma é levada a formular e testar hipóteses

Por que as frutas amadurecem? Por que a textura do pão muda durante sua preparação? Essas e outras mudanças, que podem ser observadas pela criançada, são conteúdos de Ciências e devem ser aproveitadas em classe. Ao trabalhá-las, é possível explicar um conceito da Química (as transformações) estimulando o aprendizado por meio da observação de eventos cotidianos e da formulação de hipóteses. "Os alunos podem manusear e cheirar os alimentos, acompanhando as modificações que ocorrem desde o estado inicial até o final", diz Maria Apostólico, pesquisadora da Sangari Brasil, em São Paulo, e mestre em Ciências

Mesmo que a meninada não entenda o que ocorre no âmbito microscópico, já que algumas reações químicas são complexas para alunos dessa etapa, o contato com o conceito de transformação estimula o aprendizado de procedimentos científicos, como a observação cuidadosa, o registro e o confronto ou a confirmação de hipóteses, atividades que fazem parte do ensino de Ciências e já tratados em outras reportagens de NOVA ESCOLA. "Além disso, esse é um meio de iniciar a alfabetização científica dos estudantes, importante nessa faixa etária", diz Cristiano Marcelino Júnior, docente da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e coordenador da Olimpíada Brasileira de Química.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/transformacoes-quimicas-alimentos-639047.shtml
Acesso: 12/08/12

Concurso da Sociedade Brasileira de Química - SBQ 2012

  
O concurso “O LEGADO DA RIO+20: QUE FUTURO QUEREMOS?” tem como objetivo incentivar o desenvolvimento de projetos voltados para o debate acerca do tema da sustentabilidade no contexto interdisciplinar, tendo como eixo central a importância da Química na construção de um mundo sustentável.

Modalidades
a) Modalidade desenvolvida com estudantes matriculados do 3º ao 9º ano do ensino fundamental: “O futuro é agora”, de caráter interdisciplinar sobre ciência, cotidiano e sustentabilidade.
b) Modalidade desenvolvida com estudantes matriculados no ensino médio: “Sustentabilidade e interdisciplinaridade: a Química em todas as coisas”.
c) Modalidade desenvolvida com estudantes matriculados na graduação e pós-graduação de instituições públicas e privadas: “Experimentos sustentáveis na Química, com foco nos princípios da química verde”.

Datas Importantes
Início das Inscrições: 27/07/2012
Fim das Inscrições: 1/10/2012
Informações: concursos@sbq.org.br

domingo, 5 de agosto de 2012

Congresso Brasileiro de Química 2013



11º SIMPOSIO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO QUÍMICA 2013


Educação Química


Fonte: Revista de Química Industrial Ano 80 numero 735, 2012

Congresso Brasileiro de Química 2012


A ESCOLA DEVE ENSINAR COMO A CIÊNCIA FUNCIONA?



Tatiana Nahas
Fonte: Revista Quanta - Edição 4

Ensinar Ciências



Attico Chassot_O mestre da alfabetização científica

 Reportagem completa no site: http://pt.calameo.com/read/0007837213dddb8c3a478
Fonte: Revista Quanta - Edição 4