Priscila Cruz*, 07 de Dezembro de 2016.
Os resultados do Pisa 2015 mostram o baixo patamar de aprendizagem no qual estamos estagnados há anos e reafirmam a cruel desigualdade educacional que existe no País. As causas desse quadro são diversas. Assim como são muitas também as soluções para que o Brasil avance na qualidade da Educação.
Precisamos de escolas mais bem equipadas - apenas 11% delas têm laboratório de Ciências - e políticas para reduzir efeitos de fatores externos à escola que impactam a aprendizagem, como a pobreza. Mas destaco duas políticas que têm grande potencial de impacto sobre a qualidade da Educação dos nossos jovens: a formação do professor e um novo formato de ensino médio.
No caso do professor, é urgente melhorar a qualidade da formação inicial e da continuada, garantindo que ambas dialoguem com a sala de aula, assim como melhorar a atratividade da carreira. Já em relação ao ensino médio, a necessária reforma do modelo dessa etapa, que está sendo debatida no Congresso Nacional, precisa ser muito bem desenhada e implementada para que tenha resultados positivos.
Além disso, o baixo porcentual de alunos nos níveis mais altos de pontuação em Ciências se relaciona com a baixa produção científica e inovação no Brasil. Não podemos mais naturalizar esses resultados. Esses jovens são o futuro de nosso País. A Educação precisa se tornar de uma vez por todas o eixo central do nosso projeto de nação.
*Mestre em Administração Pública pela Harvard Kennedy School, Fundadora e Presidente Executiva do Movimento Todos pela Educação.
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