terça-feira, 4 de setembro de 2012

Experimentação no ensino de ciências

Experimentação no ensino de ciências

Segundo Goulart, há mais de cem anos já se recomendava o uso do laboratório no ensino de ciências. A experiência é um recurso capaz de assegurar uma transmissão eficaz dos conhecimentos escolares, porém a falta de preparo dos professores faz com que essa não seja uma prática constante nas escolas e o ensino de ciências acaba se tornando algo distante da realidade e do cotidiano do aluno.

Os cursos de formação de professores falham no momento em que consideram a atividade experimental como um mero recurso pedagógico usado para facilitar a aprendizagem de conteúdos previamente selecionados e expostos pelo professor. Assim, esquece-se que estes conteúdos estão na vida dos alunos a todo momento e se pode experimentar sempre e avaliar até que ponto foram utilizados esquemas válidos para a construção dos conceitos.

A experimentação pode-se dar de três maneiras:

1) A experiência é realizada pelo professor como forma de demonstração ou pelos próprios alunos, através de um roteiro detalhado elaborado pelo professor;

2) A experiência é realizada antes da explanação a fim de introduzir e explorar o que vai ser trabalhado nas aulas teóricas ou depois para a verificação do que foi exposto;

3) A experiência pode ter um caráter indutivo e, nesse caso, o aluno pode controlar variáveis e descobrir ou redescobrir relações funcionais entre elas. Pode também ter um caráter dedutivo quando eles têm a oportunidade de testar o que é dito na teoria.

O ensino de Química segue o ritmo da aprendizagem teórica, sem ligação com o cotidiano. Por isso, muitas vezes se torna difícil a compreensão dos conteúdos por parte do aluno e a disciplina acaba sendo vista como um amontoado de teorias sem sentido prático. A experimentação é a oportunidade que o sujeito tem de extrair de sua ação as conseqüências que lhe são próprias e aprender com os erros tanto quanto com os acertos.

Referências

GOULART, Iris Barbosa. A educação na perspectiva construtivista. Petrópolis: Editora Vozes, 1995.

CARRETERO, Mario. Construtivismo e Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997

Nenhum comentário:

Postar um comentário