Experimentação no ensino de ciências
Segundo Goulart, há mais de cem anos já se recomendava o uso do laboratório no ensino de ciências. A experiência é um recurso capaz de assegurar uma transmissão eficaz dos conhecimentos escolares, porém a falta de preparo dos professores faz com que essa não seja uma prática constante nas escolas e o ensino de ciências acaba se tornando algo distante da realidade e do cotidiano do aluno.
Segundo Goulart, há mais de cem anos já se recomendava o uso do laboratório no ensino de ciências. A experiência é um recurso capaz de assegurar uma transmissão eficaz dos conhecimentos escolares, porém a falta de preparo dos professores faz com que essa não seja uma prática constante nas escolas e o ensino de ciências acaba se tornando algo distante da realidade e do cotidiano do aluno.
Os
cursos de formação de professores falham no momento em que consideram a
atividade experimental como um mero recurso pedagógico usado para
facilitar a aprendizagem de conteúdos previamente selecionados e
expostos pelo professor. Assim, esquece-se que estes conteúdos estão na
vida dos alunos a todo momento e se pode experimentar sempre e avaliar
até que ponto foram utilizados esquemas válidos para a construção dos
conceitos.
A experimentação pode-se dar de três maneiras:
1)
A experiência é realizada pelo professor como forma de demonstração ou
pelos próprios alunos, através de um roteiro detalhado elaborado pelo
professor;
2) A experiência é realizada antes da explanação a fim de introduzir e explorar o que vai ser trabalhado nas aulas teóricas ou depois para a verificação do que foi exposto;
3) A experiência pode ter um caráter indutivo e, nesse caso, o aluno pode controlar variáveis e descobrir ou redescobrir relações funcionais entre elas. Pode também ter um caráter dedutivo quando eles têm a oportunidade de testar o que é dito na teoria.
O
ensino de Química segue o ritmo da aprendizagem teórica, sem ligação
com o cotidiano. Por isso, muitas vezes se torna difícil a compreensão
dos conteúdos por parte do aluno e a disciplina acaba sendo vista como
um amontoado de teorias sem sentido prático. A experimentação é a
oportunidade que o sujeito tem de extrair de sua ação as conseqüências
que lhe são próprias e aprender com os erros tanto quanto com os
acertos.
Referências
GOULART, Iris Barbosa. A educação na perspectiva construtivista. Petrópolis: Editora Vozes, 1995.
CARRETERO, Mario. Construtivismo e Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997
CARRETERO, Mario. Construtivismo e Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997
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