domingo, 30 de setembro de 2012

Lista dos Trabalhos de Licenciatura em Química Aprovados no II ENCONTRO PIBID/UVA


Edital nº 19/2012 (PROGRAD)

LISTA DE TRABALHOS APROVADOS

A Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), por meio de sua Pró-Reitoria de  Ensino de Graduação (PROGRAD) e das Coordenações Institucionais do Programa de Bolsas  de Iniciação à Docência (PIBID/UVA), divulga a lista de trabalhos aprovados para o II ENCONTRO PIBID/UVA: DESAFIOS E CONQUISTAS DO PIBID NA QUALIFICAÇÃO DOCENTE, que será realizado nos dias 18 e 19 de outubro de 2012, no Campus Betânia, Sobral – Ceará.

Será divulgado até o dia 10 de outubro de 2012 os locais das respectivas apresentações.
O modelo do pôster já está disponível no site www.uvante.br, programas PIBID/UVA, modelo banner.
Os participantes bolsistas do PIBID/UVA devem entregar até o dia 04 de outubro de 2012 o pôster em cd,formato pdf, para que sejam providenciados os serviços gráficos.
 
No caso de dúvidas, os interessados devem enviar mensagem para o e-mail pibiduva@uvanet.br. 

1) A INFLUÊNCIA DOS ASPECTOS FÍSICOS DE UMA ESCOLA.
Autores: Alex Tenório Ximenes; Maiara Ferreira Alves; Givaldo José dos Santos.
 
2) TEORIA E PRÁTICA ANDAM LADO A LADO NA QUÍMICA.
Autores: Carla Patrícia de Oliveira Alves; Givaldo José dos Santos.
 
3) CONTEXTUALIZANDO O ESTUDO DA TENSÃO SUPERFICIAL POR MEIO DE DETERGENTES
Autores: Francisca Nayana Gomes Medeiros; Givaldo José dos Santos.
 
4) O USO DE JOGOS COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE QUÍMICA
Autores: Francisca Soraia Magalhães Pereira; Jéssica da Frota Nogueira.
 
5) IMPORTÂNCIA DAS AULAS DE EXPERIMENTAIS NO ENSINO-APRENDIZAGEM DE QUÍMICA
Autores: Maria Andreza de Lima Sales; Simone Fernandes Brito; Francisco Gomes Ximenes.
 
6) UMA ATIVIDADE EXPERIMENTAL SOBRE DENSIDADE VINCULADA AO COTIDIANO DO ALUNO NUMA ESCOLA PÚBLICA DE FORQUILHA/CE
Autores: Edina Ribeiro do Nascimento; Carla Patrícia de Oliveira Alves; Givaldo José dos Santos.


domingo, 23 de setembro de 2012

1a. Oficina de Experimentos de Química

1ª Oficina de Experimentos de Química
 
Datas: 20 e 21 de Setembro de 2012
Local: Laboratório de Química Geral e Inorgânica da UVA
Coordenador: Prof. Dr. Murilo Sérgio daSilva Julião






 











segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O Brasil deve adotar um currículo nacional único para a educação básica?

A edição de sábado (15/09/2012) da Folha de São Paulo traz duas opiniões opostas sobre a proposta de um currículo único para a educação básica. Leia.
SIM!
Padronizar para avaliar gestores e educadores
Artigo de Priscila Cruz, diretora-executiva do movimento Todos Pela Educação.
      A Constituição Federal assegurou a educação como um direito fundamental. No entanto, ainda precisamos cumprir o artigo 210, que dispõe que "serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais", definindo de forma mais precisa e transparente quais aprendizagens todos e cada um dos alunos devem adquirir.
      O currículo nacional é o conjunto de aprendizagens que devem ser comuns a todos os alunos, seja porque são universais (a aritmética, as leis básicas da natureza etc.) ou porque dizem respeito à nossa identidade brasileira (o estudo dos ecossistemas brasileiros, a nossa história etc.).
      Ou seja, trata-se do conjunto de conhecimentos necessários para a garantia de oportunidades no contexto atual da sociedade deste início do século 21. Outros temas de interesse da comunidade escolar e especificidades regionais devem fazer parte dos currículos escolares que serão diferentes entre as redes.
      Uma analogia que nos ajuda nessa reflexão é a aproximação do direito à educação com os direitos humanos. Este não é distinto em cada estado, município ou escola. Todos estão protegidos por um direito comum, necessário para garantir uma vida igualmente digna para indivíduos reconhecidamente diferentes. No direito à aprendizagem, hoje, quanto maior é a vulnerabilidade em que estão inseridos os alunos, menor é a sua aprendizagem, quando justamente ela deveria ser assegurada para quebrar o ciclo de exclusão e pobreza em que estes alunos estão presos há gerações.
      Um currículo nacional permite a execução eficiente, transparente e justa das políticas públicas na área da educação. O Brasil tem avançado em seus sistemas de avaliação da aprendizagem, garantindo diagnósticos para que caminhos de sucesso sejam difundidos. Os diagnósticos garantem também que os erros sejam aprimorados ou corrigidos. Gestores e educadores estão engajados nesse processo, mas o trabalho de milhões desses profissionais é avaliado sem que haja completa transparência dos resultados esperados.
      O objetivo central da formação de professores é prepará-los para que garantir os direitos de aprendizagem. Isso só pode ser feito se houver explicitação destes direitos. O mesmo pode ser dito sobre a elaboração, aprovação e compra dos livros e materiais didáticos em toda a sua diversidade.
      Muitas redes estaduais e municipais, por falta de um currículo nacional, definiram os seus. E, não por acaso, essas redes apresentaram bons avanços no último Ideb, apontando para o fato de que o currículo pode ter auxiliado na articulação e organização de suas políticas em torno da aprendizagem esperada.
      Por fim, é importante falar sobre a autonomia dos professores. Sua participação é fundamental na definição do currículo nacional. Mas, depois de definidos os direitos de aprendizagem de cada um dos alunos, o essencial do exercício docente está na escolha das estratégias de ensino e em como os professores conduzem as atividades para que todos os seus alunos aprendam. É isso que difere o matemático do professor de matemática - que, além do conteúdo, tem o conhecimento sobre como ensinar esse conteúdo.
      Assim, é urgente que, democraticamente, seja debatido e definido um currículo nacional, que oriente as políticas educacionais, o trabalho de milhões de profissionais, o engajamento das famílias e a participação de toda a sociedade em torno do direito de aprender de todas as crianças e jovens.
 
NÃO!
Reduzir a liberdade é proposta elitista
Artigo de Dalila Andrade Oliveira, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) e professora da UFMG.
      A liberdade de organização conferida aos sistemas de ensino por meio da legislação brasileira é conquista do final do século 20. O artigo 210 da Constituição de 1988 determina como dever do Estado fixar "conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar a formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais".
      Essa liberdade, em país tão diverso como o Brasil, está vinculada à existência de diretrizes que orientem a definição de conteúdos em conformidade à base nacional comum e diversificada do currículo, garantindo a necessária integração nacional.
      Como estabelece o artigo 26 da Lei das Diretrizes e Bases de 1996: "Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela".
      As mudanças na legislação garantindo flexibilidade curricular permitem a adequação do projeto pedagógico de cada escola ao seu meio, objetivando a unidade na diversidade. Essa foi uma conquista de setores sociais que historicamente estiveram alijados do direito à educação pública neste país.
      Nas últimas décadas emergiram políticas voltadas à promoção da educação para os afrodescendentes, indígenas, pessoas com deficiência, população do campo e em condições de pobreza. Compreendeu-se que não bastava garantir acesso à escola se a educação não correspondia a seu universo sociocultural. É com a liberdade de cada escola elaborar seu projeto pedagógico, acolhendo os sujeitos que dela participam, que a educação vai se tornando ato de liberdade e instrumento da democracia. Essa é uma orientação que tem possibilitado ao sistema educacional brasileiro ser mais inclusivo e justo com os que mais necessitam da escola pública.
      Contudo, há vozes discordantes na sociedade que defendem o velho elitismo republicano da escola pública do início do século 20. Essas vozes têm defendido o currículo nacional único sob o pretexto de que todas as crianças devem ser alfabetizadas na idade certa e que para tanto é necessário definir conteúdos padronizados para ser ensinados de norte a sul do país e que devem ser exaustivamente avaliados.
      Trata-se de um argumento que ignora a complexidade do processo educacional. A transmissão de conteúdos, muitas vezes estranhos ao contexto dos alunos, não é suficiente para garantir o bom desempenho educacional. Outros fatores sociais interferem na aprendizagem e a escola não é, nem pode ser, impermeável a eles.
      A padronização curricular foi, durante séculos, responsável pela expulsão de importantes segmentos sociais da escola. O critério de justiça que orienta os sistemas escolares, apesar de repousar no ideal de igualdade de oportunidades, promove injustiça ao tratar o diferente como igual, pode torná-lo também desigual. Não se pode negar as diferenças sociais, econômicas e culturais entre os indivíduos.
      A retomada da defesa do currículo único na atualidade no Brasil se deve a setores que concebem a educação somente como fator de produção, a serviço de um modelo de desenvolvimento que ignora dimensões indispensáveis à felicidade humana.
      Quantos são os distúrbios em sociedades que levaram a risca tal concepção? A experiência parece não bastar e a pesquisa acadêmica pouco é solicitada a contribuir nas políticas públicas a serviço do bem comum. É necessário debater a concepção de educação que interesse à sociedade brasileira no seu conjunto, capaz de mobilizar forças sociais e as potencialidades deste país.

domingo, 16 de setembro de 2012

Carta do Presidente da SBQ ao ministro da educação, Aloisio Mercadante

São Paulo, 14 de setembro de 2012.

Excelentíssimo Senhor
Ministro de Estado da Educação
Dr. Aloizio Mercadante
Esplanada dos Ministérios, Bloco L - Ed. Sede e Anexos,
70.047-900 - Brasília / DF

Senhor Ministro,

A proposta de reforma do currículo do ensino médio no País, noticiada recentemente pelo MEC, e que até início de 2013 deverá ser enviada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) é decisão muito importante e que, por isso mesmo, deve ser conduzida com base em sólidos estudos. Modificações radicais que envolvam a carreira de milhões de alunos e professores devem ser refletidas e bem discutidas com a sociedade. Nesse sentido, entendemos, a priori, que a simples redução do número de disciplinas com a integração das disciplinas de ciências Física, Química e Biologia numa única disciplina de Ciências Naturais é um retrocesso histórico.

Sabe-se que os atuais avanços científicos e tecnológicos, alcançados no Brasil e no mundo, são oriundos de trabalhos interdisciplinares que envolvem as áreas das ciências Física, Química e Biologia como áreas autônomas e profissionais com formação específica em cada área.

Concordamos plenamente que os alunos do ensino médio precisam ser mais bem preparados nessas disciplinas para que, quando chegarem ao ensino superior, possam se tornar melhores profissionais. Para isso é preciso que todas as escolas brasileiras tenham salas confortáveis, número de alunos apropriado à estrutura escolar, acesso à Internet, laboratórios adequados em que se possa ministrar aulas experimentais planejadas e interdisciplinares, seguindo experimentos bem desenhados. É preciso, também – e principalmente – que os professores sejam bem remunerados e, quando possível, com dedicação exclusiva, fazendo da docência uma carreira que atraia muitos e bons profissionais.

Diante do exposto, a Sociedade Brasileira de Química (SBQ) por meio deste documento, manifesta sua preocupação com a proposta de fusão das disciplinas Química, Física e Biologia no nível médio de ensino, pelas razões elencadas abaixo:

    1- até o momento não consta que exista qualquer estudo profundo sobre este tema que justifique tal mudança radical, e não é consenso na comunidade docente que a fragmentação do currículo prejudica a aprendizagem;

    2- a redução do número de disciplinas, ao invés de integrar seus conteúdos, vai diluí-los e torná-los superficiais e generalistas;
    3- a carência de licenciados nas áreas técnicas de Química, Física e Biologia no nível médio de ensino não pode ser a força motriz oculta dessa proposta;

    4- o argumento de que a rede estadual de Pernambuco já adota modelo semelhante ao pretendido pelo MEC não justifica a cópia desse modelo para o país sem se ter resultados conclusivos e positivos que demonstrem que esta fórmula é muito melhor do que a existente;

    5- a cooptação de escolas para aderirem ao projeto do MEC dos quatro grandes eixos norteadores do Enem com repasse adicionais de recursos é injusta e quebra os princípios da isonomia do ensino.



Além das razões expostas, outros questionamentos não podem ser esquecidos. Que profissional as universidades formarão para atender à disciplina de Ciências Naturais? Quanto tempo os cursos superiores levarão para se adaptar a esse novo modelo e colocar no mercado profissionais adequadamente formados? No curto prazo, quais as consequências práticas de um professor especializado em apenas uma das áreas "tentar" ensinar as demais?

A SBQ já vem discutindo, há cerca de dez anos, a questão da melhoria do ensino superior, em especial no que concerne às licenciaturas, haja vista seu desdobramento e consequências na formação de estudantes de nível médio. Estudos foram realizados e propostas foram apontadas. Sugere-se, por exemplo, a leitura do artigo - Recursos Humanos para Novos Cenários - (Quim. Nova, Vol. 32, No. 3, 567-570, 2009).

Vale ressaltar que, pelo seu caráter central, o conceito formal da Química, como disciplina, vem sendo ressignificado; seu conteúdo não mais é estudado isoladamente, mas como parte importante, subjacente e indispensável a outras matérias, temas ou disciplinas. O conhecimento, cada vez mais multifacetado, pressupõe um diálogo entre as várias áreas, ficando a Química, dada a sua natureza de processo fundamental, implícita aos conteúdos das demais matérias. Entretanto, a aplicação deste conceito de forma ampla requer estudos e testes em "escala-piloto".

No momento a SBQ, apreensiva com a possibilidade de uma mudança radical do sistema de ensino de ciências, sem a necessária fundamentação, solicita ao MEC que divulgue os estudos realizados nesta direção, a lógica da mudança, a metodologia que será utilizada, os prazos, etc. Ao mesmo tempo, propõe-se a colaborar, participando, com outras Sociedades representativas das áreas de Física, Biologia, de discussões sobre a possibilidade (ou não) de efetuar a divulgada fusão e como fazê-la. Acreditamos que não basta uma boa ideia; é preciso ter uma boa metodologia que suporte a implantação e o sucesso desta ideia.


Vitor Francisco Ferreira
Presidente da SBQ
 

Atividade Experimental Sobre Densidade na EEFM elza Goersch

No dia 14/09/2012, os pibidianos Camila Albuquerque e Alex Ximenes acompanharam os alunos do 1o. ano do EM no desenvolvimento da atividade sobre o densidade realizada no Laboratório de Química da EEFM Elza Goersch:

 
 

 




sábado, 8 de setembro de 2012

Link do Livro de Experimentos


Capa Experimentos " A Química perto de você: experimentos de baixo custo para a sala de aula do ensino fundamental e médio".





PL-8035/2010, conhecido como Plano Nacional de Educação

Após dois anos de tramitação na Câmara dos Deputados, foi aprovado o PL-8035/2010, conhecido como Plano Nacional de Educação, para vigência de 10 anos a contar da data aprovação da lei pela Presidência da República. Antes da sanção presidencial, o PL tramitará pelo Senado, onde poderá sofrer alterações. Formado por 14 artigos, o texto estabelece 10 diretrizes e 20 metas associadas a conjuntos de estratégias para atingi-las. Estão previstas pelo menos duas conferências nacionais de educação, que servirão para avaliação periódica e proposição de novas diretrizes para planos futuros. São atribuídas responsabilidades conjuntas a União, os estados e os municípios, o que deverá ser objeto de lei específica que instituirá o Sistema Nacional de Educação.

Simplificadamente, os meios de comunicação de massa têm dado destaque ao percentual do Produto Interno Bruto a ser aplicado nos gastos públicos com educação. Estão previstos 7% no final dos cinco primeiros anos e 10% ao final do decênio. De fato, esse é um aspecto central, porque estabelece compromisso orçamentário para o cumprimento das 20 metas. No entanto, cabe destacar que várias dessas metas ainda dizem respeito à universalização de atendimento da população aos níveis básicos de ensino, o que já foi objeto do plano decenal anterior. Dessa feita, o PNE prevê metas de qualidade desse atendimento tanto por meio de índices de desempenho do sistema escolar, como também da for- mação de professores, infraestrutura das unidades escolares e integralização do ensino para alunos e professores.

A despeito de nossa (in)capacidade de bem gerir os recursos públicos, é fato que os índices de gasto por aluno são muito inferiores àqueles de países que oferecem educação pública de qualidade às suas populações. No nível secundário, o índice brasileiro de gasto por aluno gira em torno de 20% do PIB per capita, enquanto em países europeus esse índice é da ordem de 30%, se- gundo dados da UNESCO. Devemos adicionar, a esses números, o fato histórico que esses países já resolveram, em passado distante, muitos dos problemas de universalização e qualidade de seus sistemas de ensino.

A discussão sobre quais indicadores, índices e critérios, normalmente vinculada a números e percentuais econométricos, deve ser acompanhada de ponderações de natureza histórica, social e política. Não se pode ignorar dimen- são, diversidade e desigualdade regional do país, além dos fatos históricos que circunstanciaram as políticas de governos, frequentemente descontinuadas e descumpridas ao longo das poucas décadas de proposição dos PNE. É pre- ciso estabelecer mecanismos eficientes de acompanhamento transparente e responsabilização dos agentes públicos na execução dos planos, o que pode vir a ocorrer com a instituição do Sistema Nacional de Educação também em discussão no Congresso Nacional. É urgente transformar os PNE em políticas de Estado e dar-lhes caráter jurídico que permita ao gestor público executá-los.

Fonte: http://boletim.sbq.org.br/noticias/n516.php
Acesso: 08/09/12

36ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química

36ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química será realizada no período de 25 a 28/05/2013, no Hotel Monte Real Resort, em Águas de Lindóia – SP

Com o tema "Química sem Fronteiras", a 36ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (RASBQ) será realizada no período de 25 a 28 de maio de 2013, no Hotel Monte Real Resort, em Águas de Lindóia – SP. A Comissão Organizadora da RASBQ está preparando um grande evento, com uma programação variada e algumas novidades, que serão divulgadas em breve. Neste primeiro anúncio temos a satisfação de informar que conseguimos negociar a manutenção dos preços de diárias completas dos hotéis nos mesmos valores aplicados em 2012, e ainda uma redução no valor da diária de apartamento single no hotel do evento!

A programação científica de alto nível vai contar com a presença de vários conferencistas renomados do exterior e do país, além de simpósios, sessões temáticas, sessões coordenadas, workshops, minicursos, sessões de painéis, apresentações de empresas, e muito mais. Contaremos ainda com várias atividades sociais, e as tradicionais sessões de homenagens e premiações.

O sítio eletrônico do evento será disponibilizado em breve, assim como maiores informações relativas à programação, inscrições, submissão de resumos, etc. A partir de hoje o Boletim Eletrônico da SBQ divulgará sistematicamente as novidades e os principais destaques da 36ª RASBQ, de forma a manter uma atualização permanente a todos os futuros participantes.

A comissão organizadora da RASBQ, a Diretoria e Conselho da SBQ estão trabalhando com muito entusiasmo para que a 36ª RASBQ seja antes de tudo uma grande celebração da química. Esperamos contar com uma participação expressiva da comunidade química brasileira neste que é o seu grande (e principal) evento.

Fonte: http://boletim.sbq.org.br/noticias/n518.php
acesso: 08/09/12

Atividades realizadas na Escola Elza Goersch

Atividades Sobre Cromatografia realizada com os alunos do 1o. ano do Ensino Médio da Escola Elza Goersch, em Forquilha - CE.

Aula realizada no dia 04/09/2012.




Pibidianos: Edina Ribeiro, Carla Patricia e Nayana Medeiros.
Supervisor: Prof. Givaldo José dos Santos.
Coordenador: Prof. Murilo Sérgio da Silva Julião.

Interações Químicas na EEFM Elza Goersch (Forquilha-CE)

        Os pibidianos da Química/UVA apresentam aos alunos do 1o. ano do ensino médio da Escola Elza Goersch, em Forquilha, atividades sobre reações químicas que despertam curiosidade e questionamentos para os pibidianos Alex Tenório, Camila Albuquerque e Maiara Alves, supervisionados pelo Prof. Givaldo dos Santos.




terça-feira, 4 de setembro de 2012

Cromatografia em papel

Uma Abordagem Interdisciplinar Sobre Pigmentos Naturais no Ensino Médio Utilizando Como Suporte Didático Cromatografia em Papel

Resumo

A cromatografia em papel é uma microtécnica muito útil para a separação de componentes de uma mistura e realização da análise qualitativa dos mesmos em função dos Rf (fatores de retenção) e cores apresentadas. O objetivo deste trabalho é relacionar interdisciplinarmente corantes e pigmentos, utilizando como ferramenta didática à técnica de cromatografia em papel. Com a aplicação do trabalho foi possível concluir que explanar assuntos como corantes e pigmentos de forma interdisciplinar torna o aluno um agente reflexivo e participativo no processo de construção do conhecimento.

Artigo completo no link abaixo:


 
   
   
   
   
   
   
   

Experimentação no ensino de ciências

Experimentação no ensino de ciências

Segundo Goulart, há mais de cem anos já se recomendava o uso do laboratório no ensino de ciências. A experiência é um recurso capaz de assegurar uma transmissão eficaz dos conhecimentos escolares, porém a falta de preparo dos professores faz com que essa não seja uma prática constante nas escolas e o ensino de ciências acaba se tornando algo distante da realidade e do cotidiano do aluno.

Os cursos de formação de professores falham no momento em que consideram a atividade experimental como um mero recurso pedagógico usado para facilitar a aprendizagem de conteúdos previamente selecionados e expostos pelo professor. Assim, esquece-se que estes conteúdos estão na vida dos alunos a todo momento e se pode experimentar sempre e avaliar até que ponto foram utilizados esquemas válidos para a construção dos conceitos.

A experimentação pode-se dar de três maneiras:

1) A experiência é realizada pelo professor como forma de demonstração ou pelos próprios alunos, através de um roteiro detalhado elaborado pelo professor;

2) A experiência é realizada antes da explanação a fim de introduzir e explorar o que vai ser trabalhado nas aulas teóricas ou depois para a verificação do que foi exposto;

3) A experiência pode ter um caráter indutivo e, nesse caso, o aluno pode controlar variáveis e descobrir ou redescobrir relações funcionais entre elas. Pode também ter um caráter dedutivo quando eles têm a oportunidade de testar o que é dito na teoria.

O ensino de Química segue o ritmo da aprendizagem teórica, sem ligação com o cotidiano. Por isso, muitas vezes se torna difícil a compreensão dos conteúdos por parte do aluno e a disciplina acaba sendo vista como um amontoado de teorias sem sentido prático. A experimentação é a oportunidade que o sujeito tem de extrair de sua ação as conseqüências que lhe são próprias e aprender com os erros tanto quanto com os acertos.

Referências

GOULART, Iris Barbosa. A educação na perspectiva construtivista. Petrópolis: Editora Vozes, 1995.

CARRETERO, Mario. Construtivismo e Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Universidades federais e USP lideram o 1º ranking universitário da Folha

Levantamento inédito com metodologia desenvolvida pelo jornal Folha de São Paulo classifica 232 instituições.
 
            A edição de hoje (03/09/2012) da Folha de São Paulo traz um caderno especial com o primeiro ranking de universidades brasileiras, uma iniciativa de avaliação sistemática do ensino superior no País. Ao longo de oito meses, a Folha levantou dados de publicações acadêmicas e, com o Datafolha, ouviu centenas de cientistas e profissionais de Recursos Humanos para compor o RUF (Ranking Universitário Folha).

            Nele estão representadas 191 universidades - que operam com pesquisa, ensino e extensão - mais 41 centros universitários ou faculdades, dedicados sobretudo ao ensino e onde há pouca pesquisa.

            A USP figura em primeiro lugar, seguida pelas federais de Minas (UFMG) e do Rio (UFRJ). Entre as instituições não universitárias destacou-se a ESPM, com a melhor formação em publicidade, único curso que a USP não lidera, considerando-se os 20 maiores do País.

           Até então, o Brasil dependia de classificações globais ou, no máximo, continentais, que citam poucas instituições brasileiras e desconsideram características nacionais. A metodologia geral do RUF foi criada pelo grupo liderado pelo cienciometrista (ciência que estuda a produção científica) da USP Rogério Meneghini, em conjunto com a Redação da Folha.

 Destaques - Dos quatro aspectos analisados na lista geral do RUF (pesquisa, ensino, reputação no mercado de trabalho e inovação), a USP apenas não é primeira colocada em termos de inovação, indicador que a Unicamp lidera.

            Outro resultado que chama a atenção é a boa avaliação das escolas privadas pelas empresas. Entre as 15 instituições mais citadas como melhores por profissionais responsáveis por contratação, seis são pagas. Os cientistas têm visão diferente: só citaram uma particular, a PUC-Rio, entre as melhores.

            Entre as dez primeiras universidades na lista geral, cinco estão no Sudeste; três no Sul, uma no Centro-Oeste e uma no Nordeste. A melhor universidade do Norte, a federal do Pará, aparece na 24ª colocação do ranking.

            Informações como essas são importantes para orientar políticas públicas, alunos, professores e empregadores, pois mostram as instituições de destaque no País e as que estão com defasagem. Países como EUA, China, Alemanha, Bulgária, Cazaquistão e Vietnã já fazem rankings nacionais.

            O Ministério da Educação brasileiro faz uma avaliação de instituições, chamada de IGC (Índice Geral de Cursos). A metodologia, porém, não prevê um ranking de instituições de ensino superior, apenas as classifica em grupos. O levantamento do governo considera a nota dos estudantes em uma prova (o Enade); a proporção de docentes com doutorado e as notas dos programas de pós-graduação. Não havia, até agora, um indicador que abrangesse a visão do mercado de trabalho e a produção científica das instituições.

            Veja o levantamento completo do 1º RUF disponível em: http://ruf.folha.uol.com.br/.

 
 

Só conhecemos aquilo que podemos medir
Análise de Hélio Schwartsman, colunista da Folha

            Por que criar um ranking universitário? À primeira vista, é uma atitude temerária. É procurar sarna para se coçar, num português claro. Para começar, as universidades brasileiras, construídas à sombra do sindicalismo de resultados, têm sólido histórico de resistência a avaliações e costumam reagir com veemência a quem se propõe a escrutiná-las. Ademais, publicar uma lista de classificação significa contentar à meia dúzia dos mais bem colocados e enfurecer, no nosso caso, mais de 200 instituições - um desastre de relações públicas.

            Para tornar tudo mais difícil, muitas das críticas feitas a rankings não se limitam a choro de despeitados, merecendo séria consideração. O exercício de transformar um campus universitário, com todos os seus pesquisadores, professores, alunos e técnicos e suas múltiplas interações, num único indicador numérico implica uma simplificação brutal da realidade, o que gera distorções. Para cada critério incluído no ranking, outros, igualmente defensáveis, deixam de entrar. O RUF não traz nenhum indicador de infraestrutura, para citar um único caso.

            Mais do que isso, a escolha de um item tem impacto sobre outros. Num exemplo concreto, o RUF considera tanto o total de trabalhos publicados no biênio 2008-09 (uma medida da robustez da instituição) como as publicações por docente (produtividade) e as citações recebidas (qualidade). A utilização do total de artigos favorece universidades de maior porte como USP, UFRJ e UFRGS.

            Seria também justificável ficar apenas com as publicações por docente, mas, aí, as beneficiadas seriam as instituições menores, uma crítica corrente contra alguns rankings internacionais. A única certeza aqui é que tomar decisões é inevitável. Outra dificuldade é avaliar setores específicos. As publicações em "journals" dão conta razoavelmente bem das áreas de exatas, biológicas e ciências da vida, mas não funcionam tanto nas humanas. Não são despropositadas as objeções dos que afirmam que a publicação de um livro (que não é computada no RUF nem na maioria dos rankings) vale mais que a de dezenas de artigos. De novo, escolhas são inevitáveis.

            Os problemas relativos à avaliação do ensino pelos pesquisadores e pelo mercado são só um pouco menores. Evidentemente, é preciso perguntar a quem conhece. Não podemos convidar um arquiteto para julgar cursos de medicina. A solução foi recorrer à base de pesquisadores do CNPq, só que ela própria carrega vieses, como o número extremamente elevado de físicos (894) e relativamente baixo de advogados (60). No caso do mercado, recorremos aos RHs de empresas e instituições. É uma saída, aceitável, mas não sem implicações. Os próprios RHs não parecem atribuir tanto peso à universidade de origem dos funcionários, já que 32% disseram que não faz diferença.

            Com tantos e tão variados dilemas, a pergunta inicial, "por que criar um ranking universitário?", se torna ainda mais premente. Poderia ser apenas uma moda, já que o mundo inteiro está a fazê-lo, mas há razões de fundo que justificam o interesse.

            A ciência e o ensino estão se globalizando. É cada vez mais comum ver jovens estudando no estrangeiro. E, se já é difícil escolher uma universidade no país de origem, muito pior é fazê-lo em lugares a respeito dos quais não se tem muita informação. Os rankings, ao traduzir toneladas de dados num número, ajudam esse estudante. Embora a internacionalização seja ainda incipiente no Brasil, devido a mudanças como o Enem, está aumentando a mobilidade interna dos alunos, para os quais o RUF pode ser de grande auxílio.

            O ranking é ainda uma ferramenta valiosa para as próprias instituições, que poderão acompanhar seu desenvolvimento ao longo do tempo e comparar-se. No mais, uma medida da produção universitária, mesmo que imperfeita, é preferível a nenhuma medida. A verdade, para utilizar um mantra da física, é que só conhecemos aquilo que podemos medir. Sem as amarras da realidade mensurável, a ciência é indistinguível da teologia e do delírio.

 
 

Um exercício novo, escorregadio, mas necessário
Opinião de Rogério Meneghini, coordenador do RUF, bioquímico da USP, cienciometrista e coordenador acadêmico da base de dados Scielo.

            Rankings de universidades têm fervilhado em anos recentes e repercutido no setor acadêmico, educacional e no público em geral. Os pioneiros foram os internacionais; depois, vários países passaram a produzir os nacionais. Em geral, essas métricas são feitas pela mídia. Os rankings são multifocais e discrepantes nos resultados, o que, com razão, incomoda os desprevenidos. Para não precipitar a conclusão de que os rankings são sofísticos é preciso considerar outros aspectos: eles surgiram num período recente de expansão explosiva de universidades em todo o mundo e de uma universalização do setor.

            A necessidade de conhecer e avaliar se tornou fundamental para estudantes, professores e cidadãos. A agilidade da mídia atende a um interesse público que outros setores, inclusive o governamental, demorariam a prover (muito embora o governo elabore levantamentos importantes; o MEC e sua divisão de pós-graduação, a Capes, são essenciais na obtenção de indicadores).

            É inegável que o processo de ranquear é novo, escorregadio e metodologicamente vacilante. Entre as muitas dificuldades, encontra-se uma que cabe aos governos resolver: a de admitir que as diferentes instituições possam ter diferentes missões. Esse problema foi enfrentado satisfatoriamente em poucos países: em 1967, nos Estados Unidos, a Fundação Carnegie criou uma comissão cujas propostas levaram a uma classificação das universidades em cinco categorias.

            No Brasil, o MEC impõe quesitos mínimos para uma instituição ser reconhecida como universidade. Todavia, não houve uma proposta para diferenciar escolas do ponto de vista de suas missões. Nos rankings, os indicadores de qualidade das universidades beiram a meia centena e os distintos rankings os selecionam e pontuam diversamente; daí as divergências de resultados obtidos.

            Há duas razões principais para isso. Uma é que as listagens podem mirar interesses diversos: de candidatos à graduação e à pós-graduação, de professores buscando posição ou de público em geral. Outra razão é que essas listas são recentes e seu desenvolvimento é um processo complexo que requer experimentação. Por isso mesmo são chamadas de exercícios.

            O Ranking Universitário Folha atribui pontuação superior à pesquisa, seguindo a tendência de classificações internacionais nas quais as universidades mais bem qualificadas são as de maior prestígio em produção científica (o que, se supõe, reflete-se na qualidade de ensino).

            Embora seja considerado secundário pelos rankings internacionais, aqui o quesito de inovação tecnológica recebeu pontuação 5, levando-se em conta que as universidades brasileiras têm sido estimuladas a atuar no setor para compensar o desempenho modesto das empresas.

            No quesito qualidade de ensino é impressionante que apenas um quarto das universidades tenha recebido alguma pontuação (40 públicas e nove privadas). A avalanche e o agigantamento tanto de instituições públicas quanto de privadas, nos últimos anos, explicam, em grande parte, esse desempenho.

            Ao contrário de outros indicadores, na avaliação de mercado as universidades privadas tiveram uma presença bem mais forte. Das 50 mais pontuadas, 22 são privadas. Nesse quesito, a superioridade em número de alunos matriculados nas pagas (54%) tem grande peso.

            O RUF destaca cinco universidades no topo: USP, UFMG, UFRJ, UFRGS e Unicamp. Se compararmos as posições dessas instituições nos principais rankings mundiais há diferenças notáveis. USP e Unicamp, porém, tanto ocupam colocações de destaque nas listagens internacionais como saltam aos olhos no RUF. Isso se considerarmos só os quesitos pesquisa, ensino e inovação, sem ponderar o mercado de trabalho. É certo que esse tema do ranking de universidades ainda tem um largo horizonte para se desenvolver. Na discussão que daí surgirá é necessário aperfeiçoar o ajuste de indicadores numéricos com visões conceituais.
(Caderno Especial Folha de São Paulo)