domingo, 29 de setembro de 2013

III Ciclo de Seminários dos Pibidianos da Química – UVA

                             


                           11 de Outubro de 2013 (Sexta-feira)

1) Música em Aulas de Química: Uma Proposta para a Avaliação e a Problematização de Conceitos

Ana Célia Abreu Tomé (Pibidiana do 9º Período)

Horário: 18:30 às 19:00

2) Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social

Jéssica Freitas Carvalho (Pibidiana do 7º Período)

Horário: 19:00 às 19:30

Local: Sala 27 (Campus da CIDAO)

  Apoio

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Ensino através da pesquisa


Metodologia criada por norte-americana ajuda alunos de graduação e ensino médio a aprender como é o trabalho do cientista. Proposta foi premiada pela revista científica ‘Science’.

Por: Célio Yano (Especial para Ciência Hoje On-line/ PR


Estudante de graduação (à direita) trabalha com alunas de ensino médio em laboratório da Universidade da Flórida Central, nos Estados Unidos. Objetivo é comparar o resultado da análise de diferentes amostras de água. (foto: Erin Saitta)


         Há seis anos, quando a professora Erin Saitta era estudante de pós-graduação em química, foi convidada a participar de um programa da Fundação Nacional da Ciência dos Estados Unidos no qual estudantes da educação infantil até o ensino médio conduziriam pesquisas reais em laboratórios. O propósito era fazer os alunos aprenderem na prática como a ciência é feita, em vez de tomarem conhecimento apenas por meio de livros e apostilas.

         Saitta aceitou a proposta e começou a trabalhar junto com professores de escolas públicas como orientadora dos estudantes em atividades de laboratório. Gostou tanto da ideia que, dois anos mais tarde, desenvolveu o projeto ‘Uma investigação sobre a água que nos cerca’, que acaba de ser reconhecido pela revista Science em uma premiação que destaca iniciativas inovadoras no ensino baseado na condução de pesquisas.

         O projeto permite que alunos de graduação e de nível médio façam análises da qualidade da água de suas próprias comunidades. A proposta é que pensem nos procedimentos que adotarão para chegar ao resultado, com orientação apenas em caso de necessidade.

         “Comecei aplicando a metodologia nas minhas aulas no curso de graduação em química na Universidade da Flórida Central [UCF] na primavera de 2010”, conta Saitta em entrevista à CH On-line. “No outono de 2010, o departamento de química da universidade me pediu que ensinasse o método para outros professores; assim, metade das aulas passou a se basear em pesquisas em laboratório.”

         No segundo semestre de 2012, todos os estudantes do curso já estavam envolvidos com experimentos orientados por pesquisadores. “Isso corresponde a algo em torno de 500 alunos por semestre em aulas com 24 estudantes por turma”, explica a professora, hoje diretora-assistente do Centro de Ensino e Aprendizagem da UCF.
 
 Engajamento social e divulgação científica

         O modelo de ensino criado por Saitta não se resume a ensinar os alunos a avaliar a qualidade de amostras de água. Há outros dois aspectos importantes: o engajamento social e a divulgação científica. Isso porque os estudantes de graduação da UCF repassam o que aprendem para alunos de ensino médio – até agora três escolas públicas foram beneficiadas.

Estudante de graduação (à direita) com aluna de ensino médio. Além de desenvolver pesquisa, eles aprendem a utilizar seu conhecimento em prol da sociedade. (foto: Erin Saitta)


         “Essa geração de graduandos tende a ter um ímpeto maior de contribuir com a sociedade”, diz Saitta. Além disso, por ter de falar sobre experimentos especializados para um público leigo, os estudantes de graduação aprendem que há linguagens diferentes para cada tipo de audiência.

         Embora ainda não se tenha um levantamento sobre os efeitos do método entre os alunos de ensino médio, a pesquisadora afirma haver evidências claras de que o impacto foi positivo. “Muitos deles nunca haviam entrado em um campus universitário antes e nenhum conhecia um laboratório de química por dentro.” Assim, ela acredita que, ao pensar na carreira que seguirão, os adolescentes já terão refletido sobre a experiência com ciência, saberão a relevância de se fazer pesquisa e estarão familiarizados com o método científico.

         A metodologia desenvolvida por Saitta está descrita detalhadamente em um ensaio publicado recentemente na Science. “Não é apenas uma discussão teórica sobre o método, mas principalmente um guia prático para sua implantação.” Ela sugere que professores interessados em adotar o ensino baseado em pesquisa obtenham mais informações em sites como o do Campus Compact e do Pogil.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Graduação em química, física, matemática e ciências biológicas tem queda em 2012



          Física, matemática e ciências biológicas tiveram queda no número de matrículas na graduação de 2011 para 2012, segundo dados do Censo da Educação Superior 2012. Química, matemática e ciências biológicas tiveram queda no número de concluintes. As quatro áreas são alvo do Programa Quero Ser Cientista, Quero Ser Professor,  lançado hoje (18) pelo Ministério da Educação (MEC).
          Além de apresentar queda, o número total de matrículas nesses cursos é inferior ao de outros cursos de ensino superior. Enquanto física era cursada por 30,9 mil estudantes, química por 53,1 mil, matemática por 85,5 mil e ciências biológicas por 123,3 mil, administração tinha 833 mil estudantes, direito, 737,3 mil e pedagogia, 603 mil.
          Entre os quatro cursos, o que apresentou a maior queda foi ciências biológicas, que passou de 126,9 mil para 123,3 mil, uma diminuição de 2,8% nas matrículas. A queda vem desde 2011, quando 128 mil faziam a graduação.
          A graduação em física vinha aumentando em número de matrículas desde 2009, quando tinha 29,4 mil estudantes. No ano passado a queda foi 2,5%. Matemática teve a menor queda, 0,7% de 2011 para 2012. Química foi a única das quatro graduações que teve um aumento, de 1,6%, no número de matrículas.
          O número daqueles que entram nos cursos é superior aos que se formam, considerando também o aumento de vagas. No ano passado, física tinha 11,8 mil calouros e 2,6 mil formados. O curso foi o único que apresentou um aumento no número de formados, de 1,75%. O curso de química recebeu 18,2 mil novas matrículas e formou 6,4 mil estudantes – o que representou uma queda de 1,4% no número de formados.
          Em matemática, 33,2 mil entraram no curso e 20 mil se formaram. O número de formados teve a maior queda entre os cursos, 14,5%. O número vem caindo desde 2009, quando 23,3 mil se formaram. Já ciências biológicas teve o maior número de calouros, 41,6 mil. O curso formou 20 mil estudantes, uma queda de 3,5% em relação a 2011.
          Com poucos universitários, o déficit de profissionais chega às salas de aulas do ensino básico. Segundo o MEC, faltam 170 mil docentes na rede pública nessas áreas.
          O censo mostrou também um baixo crescimento nas matrículas de licenciatura, que formam professores da educação básica, o aumento foi 0,8%, enquanto o aumento daqueles que fazem algum bacharelado foi 4,6% e cursos tecnológicos, 8,5%. Entre os cursos presenciais, as licenciaturas representam 19,5% do total de matrículas. Nos cursos de educação a distância, no entanto, representam 40,4% dos estudantes.
18/09/2013 - 22h29
Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil

MEC lança programa para incentivar estudo de matemática, física, química e biologia



          Com a oferta inicial de 30 mil bolsas em 2014, o Ministério da Educação lançou hoje (18) o Programa Quero Ser Cientista, Quero Ser Professor para incentivar nas escolas públicas o estudo de disciplinas como: matemática, física, química e biologia. O valor repassado aos estudantes de ensino médio será R$ 150. As bolsas serão concedidas a partir de fevereiro de 2014.
          O programa será voltado principalmente aos estudantes do Programa Ensino Médio Inovador, que são aquelas com jornada de ensino ampliada. A ideia é que as atividades sejam consolidadas nas três horas do contra-turno. Alunos matriculados nos anos finais do ensino fundamental que se destaquem também poderão participar. Terão prioridade ainda estudantes premiados em olimpíadas científicas.
          Um dos objetivos do programa é reduzir o déficit de cerca de 170 mil docentes na rede pública nessas áreas, de acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. “A matemática, física e química precisam de estímulo específico, e o programa é para tentar construir esse estímulo desde o ensino médio, com o objetivo de despertar o interesse pelas ciências para, no futuro, quem sabe, serem professores dessas disciplinas”, explicou.
          A participação dos estudantes será estimulada em atividades de monitoria, pesquisa científica e tecnológica. Os bolsistas terão orientação e supervisão de professores e estudantes universitários que já recebem bolsas de estímulo à pesquisa. A seleção dos bolsistas será feita pelas secretarias estaduais de Educação e por universidades.
          Atualmente, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (Capes) paga bolsas de iniciação júnior a 10 mil estudantes. Com as 30 mil do Quero Ser Cientista, Quero Ser Professor, serão 40 mil nessa modalidade ao final de 2014, com investimento em torno de R$ 66 milhões. A expectativa é ampliar gradualmente a concessão até atingir 100 mil bolsas.
18/09/2013 - 12h25
Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil