Além
de apresentar queda, o número total de matrículas nesses cursos é inferior ao
de outros cursos de ensino superior. Enquanto física era cursada por 30,9 mil
estudantes, química por 53,1 mil, matemática por 85,5 mil e ciências biológicas
por 123,3 mil, administração tinha 833 mil estudantes, direito, 737,3 mil e
pedagogia, 603 mil.
Entre
os quatro cursos, o que apresentou a maior queda foi ciências biológicas, que
passou de 126,9 mil para 123,3 mil, uma diminuição de 2,8% nas matrículas. A
queda vem desde 2011, quando 128 mil faziam a graduação.
A
graduação em física vinha aumentando em número de matrículas desde 2009, quando
tinha 29,4 mil estudantes. No ano passado a queda foi 2,5%. Matemática teve a
menor queda, 0,7% de 2011 para 2012. Química foi a única das quatro graduações
que teve um aumento, de 1,6%, no número de matrículas.
O
número daqueles que entram nos cursos é superior aos que se formam,
considerando também o aumento de vagas. No ano passado, física tinha 11,8 mil
calouros e 2,6 mil formados. O curso foi o único que apresentou um aumento no
número de formados, de 1,75%. O curso de química recebeu 18,2 mil novas
matrículas e formou 6,4 mil estudantes – o que representou uma queda de 1,4% no
número de formados.
Em
matemática, 33,2 mil entraram no curso e 20 mil se formaram. O número de
formados teve a maior queda entre os cursos, 14,5%. O número vem caindo desde
2009, quando 23,3 mil se formaram. Já ciências biológicas teve o maior número
de calouros, 41,6 mil. O curso formou 20 mil estudantes, uma queda de 3,5% em
relação a 2011.
Com
poucos universitários, o déficit de profissionais chega às salas de aulas do
ensino básico. Segundo o MEC, faltam 170 mil docentes na rede pública nessas
áreas.
O
censo mostrou também um baixo crescimento nas matrículas de licenciatura, que
formam professores da educação básica, o aumento foi 0,8%, enquanto o aumento
daqueles que fazem algum bacharelado foi 4,6% e cursos tecnológicos, 8,5%.
Entre os cursos presenciais, as licenciaturas representam 19,5% do total de
matrículas. Nos cursos de educação a distância, no entanto, representam 40,4%
dos estudantes.
18/09/2013 - 22h29
Mariana
Tokarnia
Repórter
da Agência Brasil