quinta-feira, 14 de março de 2013

CAPES aprova criação de mestrado para professores de Física



Iniciativa da SBF recebe avaliação positiva do órgão, que custeará bolsas para alunos em 21 polos, num curso unificado nacional. Aulas devem começar no segundo semestre

            A proposta de criação de um Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF), voltado para professores de Física do Ensino Médio e Fundamental, foi aprovada pela CAPES. A instituição financiará as bolsas para os alunos do curso, que será coordenado nacionalmente pela Sociedade Brasileira de Física.
            Foram 21 os polos inicialmente escolhidos para abrigar o curso (veja a lista completa aqui), que terá uma grade fundamental unificada, mas permitirá também flexibilidade para a inclusão de disciplinas por parte das coordenações locais.
            As aulas devem começar já no segundo semestre deste ano.
 Salto evolutivo
            Atualmente, são formados da ordem de 40 alunos por ano, nos quatro cursos existentes de mestrado profissional em ensino de física (baseados na UFES, UFRJ, UFRN e UFRGS). A ideia do MNPEF é aumentar esta capacidade de formação em pelo menos oito vezes, diplomando 320 alunos anualmente.
            O projeto elaborado pela SBF - que tem como secretária para Assuntos de Ensino Silvania Sousa do Nascimento, da UFMG - após consulta a esses grupos tem como inspiração o mestrado da UFRGS, criado pelo Professor Marco Antonio Moreira, tido como um dos fundadores da pesquisa em ensino de física no Brasil e um de seus maiores expoentes.
            Embora a proposta tenha tentado conciliar ao máximo as diferentes grades de mestrado já existentes, o foco do projeto nacional é essencialmente em conteúdos. "Grande parte da carga horária é voltada para conteúdo de física contemporânea de tal maneira que o professor possa adequá-los à educação básica", afirma Rita Maria Almeida da Cunha, física da UFRGS e tesoureira da SBF. "Por isso, é necessário que os alunos produzam dissertação e/ou material instrucional aplicados à realidade da sala de aula sobre como, por exemplo, fazer uso das novas tecnologias, ou como realizar experimentos."

 Bem avaliado
            A proposta teve excelente recepção na CAPES, onde chegou a ser reclassificada de nota 3 para 4, devido à qualidade e importância da iniciativa.
 
            "Penso que o MPNEF é uma importante iniciativa tomada pela SBF e que deveria contar - espero que sim - com a contribuição de toda a comunidade de pesquisadores em Ensino de Física/Ciências", afirma Jorge Megid Neto, pesquisador da Faculdade de Educação da Unicamp. "Esse mestrado tem algumas características diferenciadas que me fazem acreditar muito mais na proposta elaborada pelo Prof. Marco Antonio Moreira e colaboradores."

            Entre os pontos destacados por Megid estão um currículo que busca um equilíbrio na oferta de disciplinas de conteúdo específico da Física e de conteúdos específicos do campo educacional, e a possibilidade de permitir que cada instituição participante desenvolva as disciplinas de forma mais adaptada às suas realidades, embora o currículo seja nacional. Além disso, ele destaca a inexistência de um material didático único a ser seguido por todas as instituições como um exemplo de como preservar a autonomia individual de cada polo.

            Para Megid, o exemplo dado pela SBF e pela área de Física deveria ser seguido em outras disciplinas, com formação de cursos de mestrado voltado para professores (no momento, apenas Matemática tem iniciativa parecida). Nesse contexto, a concessão de bolsas é fundamental. "É um incentivo para que o professor volte a estudar, importante para custear despesas, comprar livros etc. Sem bolsa ao professor, penso que esses mestrados seriam inócuos." Daí a importância da CAPES ao viabilizar a proposta da SBF.

            "Queremos criar um ambiente mais uniforme, que permita a formação de professores de maneira consistente no Brasil inteiro", afirma Celso Pinto de Melo, presidente da SBF.
DOCUMENTOS DO MNPEF
MAIS INFORMAÇÕES
Rita Maria Almeida da Cunha (UFRGS)
(Sociedade Brasileira de Física)

sexta-feira, 8 de março de 2013

Homenagem às Mulheres


O HOMEM E A MULHER

O homem é a mais elevada das criaturas.
A mulher é o mais sublime dos ideais.
 
Deus fez para o homem um trono; para a mulher, um altar.
O trono exalta; o altar santifica.
 
O homem é o cérebro; a mulher o coração.
O cérebro produz a luz; o coração, amor.
A luz fecunda; o amor ressuscita.
 
O homem é o gênio; a mulher o anjo.
O gênio é imensurável; o anjo indefinível.
 
A aspiração do homem é a suprema glória; a aspiração da mulher, a virtude extrema.
A glória traduz grandeza; a virtude traduz divindade.
 
O homem tem a supremacia; a mulher, a preferência.
A supremacia representa a força; a preferência representa o direito.
 
O homem é forte pela razão; a mulher é invencível pela lágrima.
A razão convence; a lágrima comove.
 
O homem é capaz de todos os heroísmos; a mulher de todos os martírios.
O heroísmo enobrece; o martírio sublima.
 
O homem é o código; a mulher o evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
 
O homem é um templo; a mulher um sacrário.
Ante o templo, nos descobrimos; ante o sacrário, ajoelhamo-nos.
 
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter cérebro; sonhar é ter na fronte uma auréola.
 
O homem é um oceano; a mulher um lago.
O oceano tem a pérola que o embeleza; o lago tem a poesia que o deslumbra.
 
O homem é a águia que voa; a mulher, o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço; cantar é conquistar a alma.
 
O homem tem um farol: a consciência; a mulher tem uma estrela: a esperança.
O farol guia, a esperança salva.
– Enfim, o homem está colocado onde termina a terra; a mulher, onde começa o céu!...

 
Victor Hugo